Estão a nascer 500 casas na capital: Prata, o bairro que promete "revolucionar Lisboa”

Doze lotes que correspondem a 12 edifícios, com 499 fogos. Cerca de 7.000 metros quadrados (m2) de serviços, escritórios e ainda mais 19.000 m2 de área comercial. São, ao todo, 244.000 m2 de área bruta de construção, preparados para receber 2.500 pessoas. Mais de 70 milhões de euros já foram investidos naquele que será o maior e mais ambicioso projeto arquitetónico e urbanístico de Lisboa. Mais que um empreendimento, o Prata Living Concept quer ser o novo bairro da capital e ligar o Parque das Nações ao Terreiro do Paço.

Da autoria do gabinete de arquitetura Renzo Piano Building Workshop (RPBW),fundado pelo arquiteto italiano Renzo Piano, o Prata é atualmente o maior empreendimento em construção na cidade. Os primeiros desenhos do Prémio Pritzker datam de 1998, mas só agora, e depois dos constantes avanços e recuos, é que projeto conheceu finalmente a luz do dia.

Com várias fases de investimento em vista, o projeto prevê a construção e venda de 499 casas, espaços de escritórios e diversos estabelecimentos destinados a comércio. Até ao momento foram investidos 70 milhões de euros, num total que deverá ultrapassar os 450 milhões.

Até ao momento foram investidos 70 milhões de euros, num total que deverá ultrapassar os 450 milhões

“O Prata será o novo bairro que vai revolucionar Lisboa”, disse ao idealista/news João Brion Sanches, presidente da Norfin – a sociedade gestora do projeto –, depois da apresentação do empreendimento, que decorreu esta terça-feira (28 de novembro) no stand de vendas do Prata.

Duas dezenas de apartamentos já têm dono

João Brion Sanches nunca se refere ao Prata como um empreendimento, mas sim como um bairro. "Sim, prefiro chamar-lhe bairro”, afirmou. “Um bairro que vai ser capaz de acolher 2.500 pessoas, perto de 500 famílias, e que irá fazer na prática uma ligação urbana entre o que é hoje o Parque das Nações, a Expo 98, e a zona do Terreiro do Paço”, acrescentou o presidente da Norfin.

As primeiras 28 casas de um total de 499 – pertencem ao Lote 8, o único dos 12 já concluídos – estão prontas a ser habitadas. Fazem parte do primeiro de dois edifícios (o Lote 8 e o Lote 7) que passaram do papel à realidade. De referir que destes 28 apartamentos (de T1 a T5) cerca de duas dezenas já tem dono.

“Já existem 20 contratos de compra e venda assinados, sendo que temos outros dois a quatro apartamentos que já foram sinalizados por potenciais investidores”, revelou João Brion Sanches, esclarecendo que até fevereiro – altura em que as primeiras famílias se vão instalar – todo o edifício já estará vendido. Os apartamentos custam entre 400.000 euros (os T1 com 83 m2) e 2,7 milhões de euros (os T5+1 duplex com 492 m2).

Metade dos compradores são portugueses

“Temos 50% de compradores portugueses e 50% de estrangeiros”, adiantou o responsável, frisando que entre os estrangeiros que já investiram no Prata encontram-se ingleses, brasileiros, turcos e chineses.   

O empreendimento quer tornar Lisboa numa referência mundial na área da arquitetura moderna. “O Prata é um projeto ambicioso, capaz de conjugar negócios, espaços residenciais e comércio, tornando-se uma extensão da zona de intervenção do Parque das Nações”,  rematou o presidente da Norfin, para quem este empreendimento irá dar uma nova vida a Lisboa.

Projeto concluído em 2027

A data prevista de conclusão do empreendimento é 2027, contudo João Brion Sanches disse acreditar que "está em cima da mesa a possibilidade de acelerar este processo" entre cinco a sete anos, devido ao bom momento do imobiliário que se vive em Portugal.

"A perspetiva que temos com os dois grandes stakeholders, o Novo Banco e a Caixa Geral de Depósitos (CGD), grandes financiadores do projeto, é ir construindo um lote à medida que 50% do lote anterior já estiver vendido”, contou o líder da Norfin, explicando que se o ritmo de vendas continuar será possível antecipar a data de conclusão do projeto.